Nem todo mundo sabe, mas existe um pedacinho da Espanha na África que se chama Ceuta. Foi por lá que entramos na Europa novamente.

Na aduana já vimos o policial aduaneiro olhando para a placa do Farofamóvel rindo. Lembrei da nossa desagradável primeira entrada na Espanha quando saíamos de Andorra, e bolei. Mas a sorte estava do nosso lado, e o cara era carioca! Filho de espanhóis e morador da Espanha há 20 anos. Augusto era seu nome, mas se apresentou como Guga, falou português e foi super maneiro com a gente. Agora sim, bem vindos à Espanha!!!

Rapidamente estávamos no ferry boat novamente rumo à Espanha.

Viajamos acompanhados pelos freqüentes outdoors das estradas espanholas... que são: o touro, o mais comum, e está em todo o país...

... o boneco flamenco, mais comum próximo a Madrid...

... e o jeguinho, mais frequente na fronteira com a França, na costa do mediterrâneo.

O calor na região central da Espanha é tão intenso durante o verão que os girassóis ficam todos queimados. É um calor absurdo.

Os espanhóis, que não são bobos, aproveitam o sol forte para captar energia solar.

Chegamos à Sevilha, a terra das touradas, da dança flamenca e do conquistador de mulheres Dom Juan.

Para se ter uma idéia do calor por lá, às 19:04 ainda faziam 44 graus!

O Fedorento, coitado, estava desesperado com o calor.

Foi em Sevilha que descobri que a língua do Tapa é maior que uma gravata.

Em Sevilha, os toureiros são as grandes estrelas.

Como nós três sempre torcermos para o touro, a tourada é um programa que nunca vamos conhecer.

Foi de Sevilha que partiu Colombo em sua caravela para descobrir a América. Sevilha não tem mar, então, ele partiu do rio Guadalquivir que corta a cidade.

Colombo nunca soube que descobriu um novo continente. O maluco estava tão perdido que achou que havia encontrado novos pedaços da Índia. Por isso, os nativos chamam-se índios.

A ironia da história é que a Espanha encheu os cofres com sua descoberta e Colombo morreu pobre e esquecido na cidade de Valladolid.

É em Sevilha onde mais se vê os leques coloridos, típicos das espanholas.

Esse equipamento é uma salvação no verão.

Visitamos a linda Plaza de España.

Lá tem uma série de painéis em azulejos com todas as províncias espanholas.

A arquitetura espanhola é realmente muito bonita.

Depois partimos para Córdoba, uma das mais importantes cidades da Andaluzia.

Passamos por suas estreitas ruelas...

... e fomos conhecer a Mesquita de Córdoba.

Esta mesquita é o primeiro monumento mulçumano no ocidente. Já foi a maior mesquita do mundo e, hoje, é a terceira maior.

A grande doideira é que transformaram a mesquita em uma igreja em 1236. Hoje ela é uma catedral híbrida e tem até sino.

Já pensou no tamanho da confusão que daria se alguém tentasse fazer algo parecido hoje em dia?

Cruzamos então o Meridiano de Greenwich.

Depois de cruzarmos o Trópico do Capricórnio, a linha do Equador, e o Circulo Polar Ártico, essa foi mais uma importante linha imaginária no rastro do Farofamóvel.

E chegamos à Madrid, a capital da Espanha.

Cidade que possui alguns portais.

Fomos conhecer a Plaza Mayor. Essa praça já foi palco de muitas execuções públicas durante a Inquisição.

Construída em 1619, possui detalhes em todo o seu redor.

Partimos para Canet del Mar. O nome do lugar é mais bonito que o lugar em si. Para se ter uma idéia, um trilho de trem atrapalhava nosso acesso à praia com água bem clarinha.

Pelo menos, deve ser um belo passeio de trem, não é?

 O lugar mais agradável, por ali, foi nosso acampamento.

O carro já estava sem lavar há uns dois meses. Estava na hora de retirar a areia africana do carro. Tapa, lá dentro, latia desesperadamente enquanto eu jogava o jato de água no carro.

-Ana, o maluco tá dando chilique dentro do carro!

-O pior é que ele sabe que é você quem está lavando o carro!

-Esse cachorro veio com defeito de fábrica...

Quando abrimos o carro... o fedorento maluco havia rasgado todas as cortinas do carro. Sim, aquelas mesmas que refizemos na Colômbia, pois o  "lelé" as tinha rasgado no Peru, durante outra crise de loucura desvairada.

E com nossas cortinas parecendo trapos e um cachorro problemático, seguimos em frente.

Próxima parada: França.

Comidas e bebidas maneiras

Seja bem vindo, novamente, à Europa. Para nosso deleite, "comidarias" deliciosas estão novamente em nosso caminho, após um mês de algumas restrições no Marrocos.

Já na Espanha, estávamos certos de uma coisa. Provaríamos uma legítima paella espanhola... nada de paella congelada. No camping onde ficamos instalados alguns dias em Santa Helena, nosso desejo foi satisfeito. Comemos uma paella "de respeito" e deliciosa, feita no restaurante de lá mesmo. Conforme escrevi em nosso último diário de bordo da Espanha, já havíamos provado uma paella tradicionalmente espanhola preparada por Eugênio, nosso amigo espanhol, lá no Peru... mas nada como provar uma comida em seu local de origem. Dito e feito, nos fartamos com uma bela porção, com preçinho bem camarada... 6 EUR/pessoa. Show de bola! Esse, com certeza, é mais um prato que entrará no cardápio lá de casa quando voltarmos para o nosso Brasil.

Tradição por lá também são as tortillas, as quais também citei no diário da Espanha anterior, mas não postei foto. Em alguns lugares, elas são servidas como entrada, como lá no restaurante do camping. A tortilla é uma massa de omelete com recheio de batata e muito gostosa! Esta veio até com um pãozinho... eu, sinceramente, acho que não é a melhor opção servi-la como entrada, principalmente, se o prato principal for uma paella, pois é um pouco pesada e massuda. Mas tradição é tradição, e estamos aqui para aprender também. Portanto, viva a tortilla!!

Vou confessar que voltamos para Europa felizes também por causa da nossa amada cervejinha. O preço dela no Marrocos é surreal, e na Espanha, voltamos a sorrir novamente... encontramos  cerveza, por inacreditáveis 0,20EUR no Carrefour!!! VIVA A ESPANHA!!!!

Bebemos algumas dela durante nossa segunda passagem pela Espanha... cervejinha boa pra caramba e barata! É disso que a gente gosta. Quem for para a Espanha e precisar comprar uma gelada, pode encher seu carrinho de compras sem medo.

Tá certo que a gente gosta de cerveja boa e barata. Mas também gostamos de tradição, e não poderíamos deixar a Espanha sem beber novamente a San Miguel. Tradicional cerveja do país. Essa aí da foto está 0% de álcool, mas pode ter certeza que ela tinha álcool pra caramba hehehe.

E para acompanhar uma cerveja espanhola, nada melhor que um jamon crudo espanhol. Esse é um dos nossos aperitivos prediletos e, na Espanha, é muito mais barato que no Brasil. Encontra-se facilmente nos supermercados e também nas lojas de embutidos, tão tradicionais em todo o país, e de dar água na boca, para quem gosta.

Sugiro, portanto, que em sua visita à Espanha não deixe de conhecer os pratos e aperitivos a seguir: a paella, claro, uma boa tortilla, e jamon crudo com uma cervejinha bem gelada. Garanto que você não irá se arrepender!

Até a próxima!

 

 

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