Agora, estávamos nas Autobahns alemãs novamente.

Mercedes, BMW´s e Porshes nos ultrapassavam a mais de 180 km/h, sem exagero. Alemão horroriza na estrada.

Acho que é o único lugar do mundo que vale a pena você ter um carro que anda rápido, porque nos outros lugares você se ferra se exceder o limite de velocidade.

Nosso destino era Munique, a mais bela cidade alemã e também sede da BMW.

Tapa fez a zona tradicional com seus amigos alemães.

A loja da Mercedes-Benz em Munique é linda.

Uns cem veículos ficam expostos em um aquário gigante.

Munique é a capital mundial do surf de rio e dar uma passada lá era um sonho antigo.

No caminho para a onda um carro civil ultrapassou a gente, freiou e o carona colocou uma placa para fora escrito POLIZEI.

-Ferrou Ana! Os canas vão dar uma dura na gente.

-A gente deve estar numa zona de trânsito restrito - disse ela.

O policial veio até a porta e disse:

-Você veio com esse carro do Brasil?

-Vim.

-Posso ver o documento?

-Claro.

Aí ele grita pro parceiro dele rindo:

-Os caras são do Brasil mesmo!! Caramba!

Depois disse:

-Te parei porque achei seu carro maneiro e não acreditei que pudesse ser mesmo um carro do Brasil. E para onde vocês vão?

-A gente quer ir no rio que tem o rio de uma onda só.

-Então segue a gente que iremos levá-los lá.

Fomos escoltados até o local e chegando lá ele falou para paramos no meio da ponte. Um lugar proibido, por isso avisou pro guardinha não perturbar a gente.

Que sorte a nossa!

A placa avisava que ali era possível se ferir gravemente se a pessoa não soubesse surfar direito e que era proibido surfar drogado ou bêbado.

A única regra é: Um surfista por vez na onda. Quando o que está surfando cair, entra o próximo.

Sentei e esperei minha vez.

Naquele dia surfei em um rio pela primeira vez.

Em uma época em que os alemães esquiam nas montanhas nevadas próximas, experimentei uma água absurdamente congelante.

Mas valeu a pena.

Sai do rio, coloquei um casaco e fomos fazer o quê, fazer o quê, fazer o quê?

Fomos para uma cervejaria experimentar as maravilhosas cervejas alemãs, claro!

Depois partimos para Stuttgart, a Detroit dos alemães, ou seja, a capital dos carros.

Lá está a sede da Mercedes-Benz e da Porsche. Arenas com os nomes destas marcas e museus de carros são as atrações da cidade.

Mas gostamos mesmo foi dos nossos vizinhos no camping.

O maior motor home que vimos na vida! Um duplex!

E, ironicamente, a poucos metros, o menor que vimos na vida!

Feito em um triciclo!

Seguimos em direção a Frankfurt, a capital econômica da Alemanha.

Prédios altos e modernos.

A tradicional arquitetura germânica...

... E catedrais enormes.

Passamos o carnaval em Koln, ou Colônia, como chamamos no Brasil.

É lá que acontece o melhor carnaval alemão.

Acampamos em um lugar que já ficou completamente submerso com a água do rio dezenas de vezes.

A água lá sobe até sete metros!

Nossos vizinhos eram três alemães windsurfistas engraçados que passavam o dia nos oferecendo cerveja.

O carro deles era uma van alemã da Volkswagen, com um singelo apelido: "pussy wagon".

Orgulhos, mostraram a van. Era um ex-veículo da marinha alemã, adaptada com um kit americano para motor homes.

Carro maneiro.

Ali perto, todos os dias o Tapa passeava em um bosque lindo e bem tratado.

Enquanto a gente fazia uma pré night com as deliciosas cervejinhas alemãs.

Os alemães se produzem muito para o carnaval.

Os caras levam a sério mesmo e as fantasias são engraçadíssimas.

 

Nos divertimos um bocado.

.

Sem fantasia, vesti minha tradicional roupa de frio, que do ponto de vista dos alemães, era uma fantasia de mendigo americano... Hahaha!

Próxima parada?

Holanda!! Uhuuuuuuuuuuuuu!

Comidas e bebidas maneiras

Ah! A Alemanha! Quem te conhece não esquece jamais!

Com certeza, a terra de algumas das melhores cervejas mundiais ficará em nossas memórias para sempre! Muita história pra contar, cidades lindíssimas, algumas pessoas gentis, outras nem tanto, muita cerveja gelada, muita salsicha e muita batata!

A Alemanha além de ser famosa por suas cervejas, também é famosa por suas salsichas. E nelas, fizemos imersão profunda desta vez. Caimos dentro!
Quando passamos por lá no ano passado, a correria era tanta que não deu para aproveitarmos tudo como gostaríamos. Ainda bem que pudemos passear por lá novamente.
Chegamos à incrível Munique! Que cidade linda! Lá, não demos mole, e fomos visitar uma das mais tradicionais cervejarias da cidade, a Augustiner Bräustuben, que além de servir sua deliciosa cerveja artesanal é tambem especializada em servir pratos da culinária bavária a preços bem atrativos.

Uma das coisas bacanas desta cerveria é que todos dividem as mesas, ou seja, estranhos sentam com estranhos. E é bacana! Quando chegamos, o garçom perguntou de onde éramos. Quando dissemos Brasil, todos o bêbados queriam que sentássemos aos seus lados. Para nossa sorte, o cara nos colocou numa mesa que ainda não havia ninguém. Ficou com pena da gente, kkkk! Este tipo de layout de cervejaria é comum na Oktober Fest, super festival de cerveja, que ocorre no mês de outubro, também em Munique, e é mundialmente conhecido.

Lá, tomamos, algumas jarras de cerveja, sim jarras! Tulipa ali é para amador. Cervejeiro mesmo, toma jarra!!

Comemos os autênticos pretzels alemães.

Que delícia! Provavelmente, muito diferente do que você está acostumado a comer por aí. Ir à Munique e não comer pretzel enquanto você toma sua cervejinha é inadmissível. Os garçons jogam na sua mesa e ai de você se recusar!

Comemos também uma salsicha com formato diferente, a Bayerischer, parecia uma tortinha. Deliciosa!


 

E, claro, que não poderíamos sair de lá sem comer uma tradicional wurst, salsicha, com batatas, pommes.

Caramba! Prato simples no Brasil, mas famosíssimo e muito consumido por lá. Palmas para simplicidade!


No outro dia à noite, continuamos nossa saga, só que desta vez em busca de um pub local. E paramos no Alter Simpl, nome em homenagem a uma famosa revista de sátiras alemã chamada Simplicissimus.

Pub tradicional de Munique, com cervejinhas e comidinhas locais. Desta vez, além da cervejinha ficamos com a curry wurst mit pommes, salsicha ao molho de curry e batatas.

Este nos já tínhamos mostrado no diário da Alemanha anterior, mas não resistimos e comemos novamente.

Nos despedimos de Munique almoçando no Donisl, um restaurante tradicional, no centro histórico, com suas garçonetes mal humoradas, por tradição. Mal humor à parte, vale a pena experimentar os pratos que comemos. Um deles, carne de porco ao molho de champignons acompanhado por semmelknödel, ou bolo de pão.

  Para quem não sabe, assim como nós não sabíamos, o pão é alimento muito tradicional na Alemanha e tão importante quanto a salsicha.

Já o outro prato, carne de pato acompanhado por batatas!

 Ambos os pratos da culinária Bavária e saborosos.

Com o fim do inverno, para nossa felicidade, pudemos voltar a freqüentar os incríveis campings europeus e, enchemos nossa geladeira com delícias alemãs aproveitando o fato de que fazer compras de supermercado por lá é surpreendentemente mais barato que no Brasil se compararmos o que compramos por aqui. Variados tipos de salsichas, mostardas, queijos, cervejas e outras coisinhas mais.


O repolho é outro alimento muito comum na regiao da Bavária. Principalmente o repolho roxo.

Eles usam para acompanhar as famosas salsichas e fica delicioso! O repolho tradicional também está sempre presente.

O nosso carnaval este ano foi super divertido. O carnaval em Koln é um espetáculo à parte, fantasias bárbaras e muita alegria! Foi um carnaval especial.
As barraquinhas de comida vendiam, claro, muita salsicha...



... E muita batata frita!

Porém, desta última, ficamos de fora.

Comprar cerveja na Alemanha é um dilema. Difícil escolher. Por conta disto, aí estão as diversas geladas alemãs que degustamos desta vez.

- Flensburger, Pilsener: Cerveja típica do norte da Alemanha, com 4,8% de álcool. Aprovada!



- Flensburger Gold: Outra apresentação da Flensburger e lembra muito as largers. Gostosa! Não pode ficar de fora.



- Bitburger, Premium: Outra clássica alemã. Quem a ver por aí, não deixe de experimentá-la. Recomendadissima!



- Reissdorf Kolsch: Leve e sem gosto marcante. Nada a acrescentar.



- Konig Pilsener: Deliciosa cerveja! Encorpada e com delicioso aroma. Nota 10!



- Wickuler Pilsener: A garrafa é mais "bacana" que o conteúdo. Sem sabor marcante.



- Hacker Pscholt: Tradição é tradição. Desde 1417 no mercado alemão, não poderia fazer feio. Aprovada!



- Schneider Weisse: Cerveja de trigo como outra qualquer.



- Paulaner Salvator: Cerveja de baixa fermentação e mundialmente famosa por ser degustada pelos monges da Paulaner, uma ordem religiosa fundada por São Francisco de Paula, em Munique, no século XVI. Lá, eles fabricavam suas próprias cervejas, e esta é em homenagem a eles. Ponto para os monges!



- Spaten: Cerveja clássica de Munique e saborosissima!



Depois desta deliciosa passagem pela Alemanha, entramos, outra vez, na linda Holanda! E Viva o norte europeu!

 

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