Seguimos pelo corredor dos tornados, e a época dos tornados já começou. Inclusive morreram 10 ontem. Passamos varados e sem delongas pelos autoramas americanos.
É como nas estradas do interior de São Paulo, dá vontade de pisar fundo, mas até aviões controlam a velocidade dos carros.
Fomos viajando nas estradas que são limpas pelos presidiários estaduais. Está aí, uma boa idéia para ser usada no Brasil. Melhor ainda seria colocá-los para construir estradas, já que as nossas são as piores que conheço.
Já estava cansado, tinha dirigido uns 1000 kms e de repente vejo a discoteca ligada, cada vez mais perto, pelo retrovisor.
-Caraca Ana, a policia tá mandando a gente encostar!
-IIIIiii
-Eu estava acima da velocidade?
-Não!
5 meses na América ileso, sem calengadas, sem multas, nem dura. Logo agora no finalzinho tinha que dar encrenca!
E veio um tira gordão com chapeuzão com abas largas.
-Tá indo pra onde?
-Miami
-Você esta dirigindo há muito tempo?
-Há uns 9 meses mais ou menos, hehehe
O tira não achou nenhuma graça.
-Seu farol está baixo.
-Desculpa seu guarda, o farol de neblina (aquele que fica perto do chão) ilumina tão bem que nem senti falta do farol alto.
-Documentos e passaporte.
E o cara foi pro carro dele e ficou um tempão lá checando os dados.
O detalhe é que eu não tinha seguro. E andar sem seguro de carro nos EUA é cadeia certa. Tentei comprar, mas ninguém quis vender para um carro brasileiro e seguimos na doideira mesmo.
Já estava me imaginando ganhando colher, uniforme e caneca na cadeia. E o tira, dentro viatura, não voltava. Só aquele barulho amedrontador de rádio comunicador.
-Pô Ana, acho que vai dar merda.
-Aaaii Gustaaaaavo.
E o tira volta:
-Gustavo, você vai ganhar uma advertência. Mais cuidado da próxima vez.
E me deu um papel impresso por computador com todos os meus dados, dados do carro e a mancada que eu tinha feito. Hi tech!
Tomamos umas 3 duras de policiais no total (anti terrorismo em uma represa em Nevada, e perto da borda do México, num posto de controle) e em todas fomos abordados com educação, respeito e nenhuma discriminação. Na América, se você anda na linha e não comete erros no trânsito, ninguém enche o seu saco. Não tem essa de levar dura para ver se os documentos estão em ordem a troco de nada.
Depois do susto e cansado, fiz o que qualquer pessoa normal faria. Dirigi mais 500 km e fui dormir.
Chegamos a Orlando, a cidade dos parques de diversões. Ali, existem mais brasileiros que o estado do Sergipe. O bom de Orlando é: a única cidade americana com hotéis bons e baratos e cervejinha com preço camarada. Tomamos algumas, claro!
Fomos conhecer o museu do “Acredite se Quiser”. Antigamente tinha um programa de TV, na extinta TV Manchete, que mostrava as curiosidades do mundo, e algumas estão neste lugar. Existem diversos “Acredite se Quiser” espalhados pelos EUA.
O cara que fundou esse lugar de curiosidades se chamava Robert Ripley, um viajante que colecionava curiosidades pelos diversos cantos do planeta. O cara era malandro e misturava umas mentiras também, como essa foto acima do cachorro de 1 olho só. Ele apenas colou um botão na testa do cachorro cabeludo. Essa não colou.
Tem também aqueles espelhos que deformam.
Um bezerro empalhado de duas cabeças e seu esqueleto, nada de especial, vimos uma tartaruga de duas cabeças viva em Venice Beach, de graça.
Uma cadeira enorme e a foto de um cara que dizem ter nascido com os pés ao contrário. Mas observando o joelho, dá para ver que o cara está forçando a perna ao contrário e tem uma puta flexibilidade. Mas sem tirar o mérito do museu, tinham umas fotos sinistras de um cara de 3 pernas. Essa era de verdade.
Tem bonecos do cara mais gordo e do cara mais alto do mundo também.
Um filhote de cachorro que engoliu uma faca maior que a barriga e não morreu. Advinha qual era o cachorro? Um labrador preto! Claro!
E um vídeo de um cachorro de apenas duas pernas. Só as do lado direito! E o cachorro fazia de tudo! Corria, brincava, maneiraço! E para descansar ele escorava em uma árvore ou poste! Muito engraçado. Só não consegui descobrir como ele fazia cocô.
No fim se sai por um túnel que gira e a gente perde o equilíbrio, apenas por ilusão de ótica.
Partimos em direção ao Cabo Canaveral e passamos por um manifesto contra o governo por causa dos cortes de custos com a Nasa.
Veja a placa: "Send Obama and Nelson to Uranus" hahahaha
E chegamos ao Kennedy Space Center.
Lá existem vários foguetes de verdade! As máquinas de viajar que vão realmente longe.
Além de astronautas andando pelo local.
Vimos um dos ônibus espaciais.
Por dentro e por fora.
Fomos num simulador de lançamento de ônibus espacial bem bacana e muito bem feito. Uma semana antes da nossa visita ali, um ônibus espacial tinha sido lançado e estava no espaço.
Vimos um cinema IMAX 3D fantástico. Ver o universo em terceira dimensão é muuuuuuito legal. No 3D é possível entender com clareza a nossa insignificância. Ali, naquele cinema, você viaja de verdade no espaço.
Partimos para Miami para embalar o Farofamóvel.
E aí que ele se auto empacota. Tudo que fica fora do carro, cabe certinho dentro dele mesmo. A caixa do teto tem o tamanho ideal para carregar a caixa de transporte do cachorro desmontada, e ainda assim caber dentro do carro. Vale lembrar que a caixa do cachorro é enorme.
Próxima parada, Europa.
Voltamos ao Clevelander, em South Beach, e tomamos várias para comemorar.
A night em South Beach é sem dúvida uma das mais maneiras da América. Para falar a verdade, Miami e São Francisco são as metrópoles mais bacanas dos EUA.
E com uma foto parecida com a que finalizei o Diario de Bordo 22, também em Miami há exatos 5 meses atrás, finalizo este. Só que agora o Fedorento tomou banho no veterinário e lá ganhou um lenço tooooodo estiloso.
Ao Farofamóvel, desejo boa sorte na travessia do Atlantico.
E as viagens maneiras seguem em frente, rabiscando o planeta.
Acredite... se quiser...
Comidas e bebidas maneiras |
Nossa última semana nos EUA
foi de muita comemoração! Comemoramos o êxito de nossa jornada por aqui...
foram inesquecíveis cinco meses que passaram tão rápido que só agora no fim
é que percebemos quanta coisas vivemos, e a grande verdade, é que parece que
estamos aqui há muito mais tempo que isso. Já que uma das graças de viajar é
ver o tempo esticar e parecer que vivemos muito mais!!
Fomos novamente a um bar/restaurante que conhecemos em dezembro do ano
assado com meus tios e gostamos muito, o Ale House. O ambiente é super
bacana, comida e bebida excelentes e preço melhor ainda.
por ali mesmo nos deliciamos com saborosas coxinhas de frango e guaraná Antartica!!!! BRASILLLL!!!!
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